segunda-feira, maio 28

Sobre prazo e pena

Quantas vidas até esse suspiro virar sorriso, e iluminar os dias que eu passo soprando? Quantas vidas ainda passam sem que haja dias inteiros; além dos tantos dias a menos. Tanto quanto pode ser errado e torto, e feio, e feito para mim? E desses tantos, quantos mais aguento? Se são todos seguros, quantos mais perfuro para abrir uma brecha, e ser flecha que corta no fim?

Quantas vidas até que esse suspiro respire um abraço bem forte, sem vazio nem beijo perdido... Quantas vidas até eu desistir de ser mentira?

Quantas vidas eu mantinha sem abraços nem verdades; tantas outras mais, incompletas. Quantas delas valeram suspiros sufocados, sem beijo nem flecha. Nem sorriso no fim.


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