terça-feira, maio 1

Sobre peças, portas e chaves

Eu disse aquele dia que a vida tinha aberto algumas portas, mas depois de passar por uma me quebrei e pensei que estive enganada. Eu disse que uma porta tinha sido aberta, e me recusava a voltar por ela porque havia muito mais coisa no jogo. Eu pensei que o bom era aproveitar as portas enquanto elas oferecem passagem, porque não se pode prever quando a porta vai aparecer de novo no tabuleiro.

Mas na verdade a lição que me ensinaram foi outra.

Aprendi que mais importante que aproveitar a chance, é pensar se era isso mesmo que se queria. Eu aprendi que só porque uma porta se abre, não significa que nós nunca mais podemos voltar dela. Eu entendi que nem toda porta mostra um caminho bom, e que se recusar a voltar é burrice. Aprendi que portas abrem todo tipo de caminho. E que sou eu quem decide qual delas é melhor pra mim.

Independente da posição das peças no jogo.

Eu disse aquele dia que a vida tinha aberto algumas portas, e quase me precipitei entrando pela primeira que havia destrancado. A lição que eu aprendi é que existem possibilidades. Mas que quando uma aposta não dá certo, não se pode fechar os olhos para as outras, porque em todas as portas há mais peças. E cada peça muda o jogo da sua maneira, só que umas acabam anulando as outras.

Na verdade, a lição que me ensinaram é que eu não preciso esperar a abertura das portas.


Aprendi que eu preciso é ter as chaves, e então abrir a porta que eu quiser.

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