sexta-feira, dezembro 26


Uma noite meio estranha. Não me pergunte por que; estou me perguntando isto desde que a noite caiu e ainda não chegei a nenhuma conclusão. Talvez meu íntimo tenha resolvido mostrar-se mais introspectivo do que normalmente é; talvez minha mente esteja fechada, envolvida em pensamentos tão profundos e confusos que fazem com que eu me esqueça por aqui. O som do violino da música que escuto me estristece, apesar de me fazer bem.
Um vale de rancor e cansaço começa a ser explorado, cada vez mais fundo, mais obscuro... Sinceramente, há vezes que não resisto e desço mais ainda. Um vale interminável e agoniante. O meu vale.

Não espere de mim palavras de conforto; não esta noite. Apenas olhe-me nos olhos, e cale. Qualquer palavra é um erro. É uma noite estranha, mas linda.

domingo, dezembro 21

Pois é...

- E o que será de nós quando tudo passar?
- Não sei; depende do que é "tudo" pra ti.
- Hum...
- ...
- Vai acabar, não é?
- Vai... Sempre acaba.
- Que triste.
- ...
- ...
- Mas depois começa de novo. Diferente, mas começa...

sábado, dezembro 13

Sinceramente...

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Seja feliz com os seus problemas. E não precisa me contá-los todos os dias; eles não mudam, e eu já sei de cor.

Não faz drama, a vida não precisa ser uma ópera.

terça-feira, dezembro 9

Vai chegando o fim do ano e a gente começa a fazer o clássico “balanço”. Perdas e ganhos são postos numa balança e, no final, o lado que pesar mais nos garante uma conclusão. Sinceramente, não sei direito o que a minha balança vai acusar... além de um regime, claro.

2008 foi um ano meio estranho pra mim. Correria de colégio pela manhã, pré-vestibular durante a tarde, estudos nos fins de semanas, aulas extras em feriados, domingo, sábados... Cansativo. Muito cansativo.

Por várias vezes deu vontade de jogar tudo pro alto, rasgar livros, soltar o verbo. Mas, nessas horas, paciência. No fim, sempre vale a pena.

Decepções eu tive muitas. Talvez, por me recusar a acreditar que as pessoas são como são, e nem sempre o jeito de ser corresponde às expectativas que criamos. Aprendi a não criá-las.

Conheci pessoas novas. Especiais de verdade. Pessoas que me mostraram o lado bom de cada situação quando eu não conseguia, e que tornaram a minha dor menor quando não havia lado bom pra mostrar. Palavras de apoio, ou, simplesmente, silêncio de cumplicidade.

Aprendi a pensar mais em mim. A ter certeza de que era feliz entes de sacrificar coisas pelos outros. “Egoísta”, podes me chamar se quiseres. Não me arrependo de ter negado apoio, quando era eu quem o precisava. Eu não sou obrigada a adivinhar as necessidades dos outros e, para satisfazê-las, esquecer das minhas. Alguns “amigos” não me entenderam. Não fazem falta. Os AMIGOS continuam comigo.

O tempo custou pra passar; mas agora me parece ter sido tão rápido. Deixei de fazer muitas coisas, de falar muitas coisas; mas também acumulei experiências incríveis e estas me guiam, hoje.

O primeiro “balanço” fica por aqui. Meu tempo é curto... preciso arrumar minhas coisas pra aula da tarde. Precisava de mais horas para viver no dia e mais horas para dormir à noite... Acrescentei horas na minha manhã... Matei dois períodos de aula. Devia ter feito isso mais vezes...