domingo, abril 1

Meio canto meio calo

São esses assim; meio distantes, meio sozinhos, meio metades. São esses os dias que me matam. Primeiro pouquinho, depois um quarto. E depois um pedacinho mais. E aí acaba o dia e eu renovo as partes; mas uma noite é pouco para tudo. E tudo tem sido meio muito.

Tem sido meio assim, meio assassino. Tem dias que machucam mais que essas metades vazias de dias estranhos. Tem sido meio distante demais. Um pouco sozinho, partido. Um pouco de cada um no seu canto e sem canto pra nós dois. São esses cantos que me matam, todo dia com uma canção diferente. Se me calo já me canso, mas se eu canto ficam calos. E tem ficado muito calo, mesmo.

São esses dias assim - calados - que me fazem ao meio. E meio de menos tem deixado cada vez um pedaço menor.


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