quinta-feira, abril 25

O que importa

Eu era criança e te disse não. Era o gênio difícil que tu vieste a conhecer bem, desde lá. Tu só querias me ter por perto, mas eu agarrei minha liberdade desde cedo e dei a mão pra vida, pra que ela me levasse pro longe que fosse - pra vida de quem houvesse.

Eu não era metade de gente, eu não tinha experiências que me falassem melhor. Eu era criança e te disse não. E agora, crescida, continuo indo pro lado mais longe; mas porque a vida me leva. Mas vê, pai: entende. Essa vida ia me levar de ti cedo ou tarde.

Tu pediste pra eu te dar a minha mão, e eu neguei, confiante. Eu tinha só 4 anos; mas jovem eu já sabia que um dia eu teria que andar sozinha. Eu já queria escolher as minhas estradas, e nelas eu imaginava que não teria guia.


Mas eu não te dei a mão porque tu já tinha o meu coração nas tuas.
E sempre vai ser isso que vai importar.


2 pessoa(s) disse(ram) que:

ANDREIA disse...

Adorei a frase do fim 'tu ja tinhas meu coração nas tuas'. Perfeita!
Há que se refletir melhor sobre o texto, as entrelinhas, o sentido psicológico, mas dá pra entender perfeitamente e ficou excelente a forma conduzida.Parabéns!!Beijo!!

ANDREIA disse...

Adorei a frase do fim 'tu ja tinhas meu coração nas tuas'. Perfeita!
Há que se refletir melhor sobre o texto, as entrelinhas, o sentido psicológico, mas dá pra entender perfeitamente e ficou excelente a forma conduzida.Parabéns!!Beijo!!