quinta-feira, fevereiro 26

a mesma vida

A noite começara como sempre; um cara cansado chagando em casa e largando seu casaco sobre a cadeira da cozinha, dirigindo-se ao banheiro e tomando seu banho. A casa vazia, como de costume. O som do silêncio preenchendo os espaços tão absurdamente vazios naquele lugar. Tudo igual.

A noite foi avançando como sempre avançava; um cara jantando qualquer coisa aquecida no microondas, a louça lavada e deixada no escorredor, o mesmo cara deitando-se em sua cama fria e vazia esperando que o temporizador da tv a desligasse e indicasse que já era tarde de mais para estar acordado, e então dormiria sem nenhum afago o um simples “boa noite” proferido por uma voz familiar.. Como sempre fora. Sempre seria.

Amanheceu como amanhecia todo dia. O mesmo sol, a mesma luminosidade adentrando o quarto daquele cara que se levantava muito antes que isso acontecesse. O cara não estava mais lá, como nunca estivera àquela hora.

E a casa já voltava á sua costumeira e abandonada rotina. Como sempre acontecia.


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