Dessa espera me restou pó, alguma dor no peito, alguma saudade mal sentida. Desse tempo me veio frio, me veio vácuo. Da saudade vivida fiquei de mal, e pra ela disse que me cansei. Dela eu quis fugir, e corri pro pó que acumulou em mim - pensando que ele era espesso o bastante para me esconder da saudade. E pensei que assim me faria forte, mas quem se esconde não pode falar de força. Não pode falar de nada.
Dessa espera fiquei cansada, e da vida me fiz covarde. Fugindo aos poucos, pelos soluços de alguma coisa no peito que entalou na garganta. Que entalou e não desce. Dessa vida me fiz covarde, e corri de volta pro abrigo que me mantinha a salvo. Só que do abrigo restou o pó, um buraco no peito a uma saudade ressentida.
Daquele tempo me veio sombra, me veio só.
Tem
Há 2 anos
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