terça-feira, junho 19

Do amanhã de agora

É como se o chão tivesse sumido de baixo dos pés e todas as outras coisas simplesmente deixassem de incomodar. Parece que, de repente, o universo se dividiu em dois; perfeitamente distinguíveis, eles dançam a dança dos que sorriem com todos os sorrisos que têm. É como se o presente estivesse com seus dias contados e soubesse disso.

É como se os dias mais absurdamente felizes e doídos estivessem por vir.

É sonho. É um pedaço do futuro que eu sempre quis. Mas é conquista que implica desapego. E vai ser preciso abafar um coração apertado de saudades o tempo todo; eu sei. Eu sei que nos últimos tempos eu trouxe pra minha vida as pessoas mais incríveis que eu poderia querer. E sei que eu não sou a melhor nessa história de desapego, também. Mas é assim mesmo que funciona: coisas boas custam caro. E isso dói. Mas vai doer por só um ano. Só um ano.

Só um ano. Observe.

É como se essa dor já começasse a doer aos pouquinhos, e soubesse que só tende a crescer. É um pedaço do futuro feliz e de todas as possibilidades que isso traz. Chega de amanhã.

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