sábado, dezembro 24

Telegrama

Eu vou direto ao ponto. O negócio é o seguinte: eu não acredito mais em você. E toda aquela história sobre acreditar na magia, sobre esperar, e sobre fazer por merecer que as coisas boas virão... besteira. Cansei, viu? Não espere cartas minhas de agora em diante. 

Não sou dessas. 

Não compro promessas porque sei o quão vazias elas podem ser, e o quanto machucam quando permanecem apenas como palavras. Não espere que eu vá ser legal porque isso não vai acontecer. E quer saber, você não é ninguém para me julgar. 

Você nem mesmo é real.

Mas eu não sou injusta, também. Não quero afastar você da minha vida. Então a gente combina desse jeito: se você for bom, gentil e fizer o favor de deixar de ser exatamente como vem sendo, talvez eu possa lhe recompensar com a minha confiança. Talvez eu possa voltar a acreditar naquele blábláblá que você conta todos os anos. Talvez a gente volte a acreditar um no outro. E, quem sabe, nós possamos até nos levar a sério. Mas olha só, não vai ser fácil.

Então eu vou direto ao ponto: trata de fazer as coisas acontecerem e eu farei o favor de acreditar em você de novo. Temos um trato? 



Um feliz Natal pra você. Ou não, também.
G.

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