sábado, dezembro 10

De sempre

Hoje ainda enxergo todos os meus medos de criança rondando quando estou fragilizada. E incrivelmente eles são os mesmos, apenas mudaram de corpo, de forma. Eles sabem o que me faz infeliz, e eles me fazem temer aquilo que deveria ser redenção. Me conhecem tão bem que às vezes me entrego, sem resistência.

Ontem ainda, era eu quem dizia que não mais temia as sombras daquele passado confuso. Era eu quem erguia a cabeça a dava o primeiro passo em direção à vida. Mas agora me dei conta que de nada adiantou tentar ser brava, pois hoje eu me entreguei aos medos de outrora e, desesperada, procurei por um cobertor que me salvasse. Ou por um colo que acalmasse - e que não achei. Hoje eu procurei dentro de mim a coragem de que tanto te falo, mas só encontrei os medos de sempre.


Covardes.

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