domingo, abril 3

Chroma

É maneira como as coisas aconteciam, o jeito como as coisas terminavam. Sempre torto, longe do que fora planejado. Será que os planos que fizera poderiam, um dia, sair daquela folha pálida e imaterial na qual a tinta da sua caneta imaginária rabiscava as irrealidades que traçava para o futuro? Um dia, quem sabe, poderia rasgar aquelas folhas e deixar a caneta guardada, porque não precisaria mais pintar universos paralelos simplesmente por conseguir se sentir feliz no qual vivia. No universo cinza e acolhedor que um dia encontraria.

Cores não precisam estar em todos os lugares. Cansa os olhos; cansa tanto que de repente nem mais os tons pastel e nude são percebidos, aí sobra uma cor de sujo, de errado. Uma cor de tristeza. No universo cinza as cores são boas, porque quando usa-se cores são cores que significam coisas. E essas coisas acontecem da maneira certa e terminam com um grand finale. Com um torto que desvia da obviedade mas nunca da felicidade. Um torto cinza e colorido que não precisa de uma folha pálida. Um desvio de significação, sem planos.




Precisa-se de cores.

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