Observou por tanto tempo que já não sabia dizer se ela agora estava em movimento e eles é que pararam ou se nada mudara. Era tudo uma questão de ponto de referência, de qualquer forma; que diferença fazia?
"Faz toda a diferença", pensou a vida, num relâmpago de ideias esclarecidas que se mostrou ligeiro no céu. Fazia diferença porque a vida não precisava correr com o relógio, com o sol e com os ventos, se encontrasse algo que andasse como ela. Fazia diferença porque, para eles, era ela quem corria; porque nem tudo poderia estar na mesma velocidade, ou todos estariam estacionados. E se não há movimento, o que haverá de verdade?
Uma vida alucinada pelo tempo descompassado e pelas estações frenéticas assistia os Sois e as luas nascendo e morrendo, como ela um dia faria. E os ventos nada faziam, além de embalar sua rede e motivar as estrelas a caírem do céu.
Movimento é relativo.
0 pessoa(s) disse(ram) que:
Postar um comentário