domingo, julho 25

Pista

Ela dançava por intermináveis horas. A música não importava; dançaria qualquer uma. Sentia o chão vibrando sob seus pés e era isso que queria: sentir o corpo inteiro vibrando junto com cada nota. Queria sacudir a cabeça e lançar os cabelos em todas as direções; queria espalhar o perfume deles em todos os olhos que a observavam, que a desejavam, e até naqueles que a ignoravam falsamente. Mexia o corpo com a liberdade de quem não se preocupa com sapatos, saias e blusas decotadas. Dançava como quem não tinha nada para deixar pra trás, exceto uma alma.

As luzes artificiais a seguiam na pista, por cada centímetro de corpo visível. As luzes brilhavam como se brilhassem por si mesmas. Era apenas o começo da festa.

2 pessoa(s) disse(ram) que:

Leila Ghiorzi disse...

perfeito! esse é o verdadeiro espírito de qualquer dança, seja numa festa, seja no escuro de seu quarto.
=)

Mariana S. disse...

Bonito!
Até eu, que danço tão bem quanto uma tábua, fiquei com vontade de dançar.
=P