terça-feira, fevereiro 16

Infância

Naquele quarto, escuro e pequeno, a menina escutava a conversa alta da sala. O papo aleatório não era interessante, por isso preferiu escutar os sons do próprio ambiente. As cortinas conversavam de perto com as janelas, e o guarda-roupas escondia a bailarina da caixinha de música, que naquele dia tocava sem a sua dançarina. A cômoda, acomodada no seu canto, não se metia na melodia, enquanto a cama dormia silenciosa...

A menina não se intrometeu na conversa entre cortinas e janelas, e nem censurou o guarda-roupas; escutando a música da caixinha, caiu no sono, acompanhando a cama.

0 pessoa(s) disse(ram) que: