sexta-feira, setembro 25

Se foi

Não se permitiu um último abraço, um último "adeus", nem os votos de que fosse feliz ou tivesse sucesso quis ouvir. Não era dos caras mais fortes emocionalmente, não gostava de momentos como aqueles; preferiu apenas ir. E se foi.

Uma vida que não chegara a provar por inteira, que lhe havia trazido buracos imensos e sempre vazios não merecia qualquer consideração por parte dele. A deixaria para trás da mesma forma que ela o havia atraído: de repente. Farto da mesmice de todos os dias, resolveu que era hora.

Nem beijos ou abraços, nem se quer aperto de mão ou um "tchau". Ao sair, apenas olhou para os que ficaram com a sorte que não era mais sua.

- O último apaga a luz.

E se foi.

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