sexta-feira, setembro 4

Os nós

Não precisava de mais tempo. Estava farto de esperar por algo (ou alguém) que insistia em não aparecer. Procuraria, se pudesse. Mas como saberia quando encontrasse? Não saberia, e deixaria passar, como sempre fizera. Pouco a pouco sentia que o tempo estava se esgotando; seria a última chance para fazer dar certo? Perder o controle e "sair da casinha", ou da bolha que o cercava; romper laços que o prendiam a um passado infeliz. Ele nunca fora bom em desatar coisas, por isso estava sempre preso. Mas agora sufocava; morreria, tragado pelo desespero.

Ele queria ser livre, apenas. Não só. Livre. Queria atravessar o mundo e aparecer em todos os lugares para que ela o encontrasse. Queria estar com ela. Viver com ela o tal do "felizes para sempre". Ela, de certo, nem existia. Com sua sorte, ela não existia. Seria livre, se quisesse. Mas só.

"Hey Lyla!"

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