quinta-feira, julho 16

O plano perfeito era não ter um

Eu não queria fazer planos nem traçar objetivos que talvez nunca serão atingidos para depois não sentir aquela coisa por dentro... que não é tristeza (não no começo, pelo menos), talvez um pouco de raiva com a sensação de incompetência gritando nos ouvidos o tempo todos. Eu não queria, mas inevitavelmente eu os faço.

Não são projeções para o futuro próximo, mas para aquele futuro que não se sabe quanto tempo vai demorar para chegar; e se vai chegar. E imagino tantas coisas e de tantas formas que em surtos de consciência e auto-preservação eu tento de todas as maneiras afastá-las. Digo a mim mesma para não ser ridícula, para evitar decepções. Mas será que vale a pena? Não sonhar, não fazer o plano de viagem, deixar as coisas irem acontecendo sem me importar com o rumo que elas estão tomando quando esse rumo me afasta completamente dos meus desejos inconscientes (ou talvez não tão inconscientes assim)? Será que sonhar só é saudável quando se está dormindo, afinal. Acho que o problema não é o sonhar, mas o despertar. Por vezes tão cruel.

Eu tenho um plano e tenho medo dele. Medo não conseguir chegar lá, ou de não conseguir nem mesmo sair daqui. Não é um plano perfeito; mesmo que fosse eu não o queria. Mas eu sou humana e às vezes pateticamente burra. Não importa se eu não quero. Eu sempre os tenho.

1 pessoa(s) disse(ram) que:

Gabriel Leite disse...

Ah, nem te falo o quanto eu tenho lutado para não fazer planos.

Sou extremamente ansioso e isso tem me atrapalhado muito ultimamente.