Segurou-se com tanta força no nada que chegou a acreditar que estava a salvo. Chegou a deixar que o coração batesse em sua velocidade normal, porque sentia-se protegida pelas paredes invisíveis da consciência adormecida. As mãos agarraram o nada com tanta vontade que nem mesmo perceberam que tudo que seguravam não passava de esperança. Esperança que foi se dissolvendo à medida que o corpo voltava a sentir os sinais da vida desandando. Esperança que perdeu o fôlego quando o corpo resolveu que a consciência deveria acordar.
Soltou-se sem esperança, e sem esperança acordou a mente para o turbilhão que pedia passagem. Mas, por algum motivo, a vida refez seu plano; a vida redesenhou seu mapa.
E dizem ainda que ela abriu algumas outras portas.
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