domingo, dezembro 12

Afazer - II

Há dois anos queria ter te dito alguma coisa. Há dois anos não deixara de acompanhar de longe os passos de um alguém que nunca estivera perto de verdade, mas que de certa forma parecia ser parte natural da vida que ainda não vivera. Era como se soubesse que, de um jeito ou de outro, eles se cruzariam e então tudo estaria bem, por fim.

Era como reconhecer no outro a plenitude de si; a forma mais simples e inteira de ser quem era e o outro ao mesmo tempo. Sabia que voltaria. E dessa vez diria o que engolira há dois anos atrás.

Sorrir. Dizer. E ficar.

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