E o que vem é feito de planos, de promessas que eu não vou cumprir, de maneiras diferentes de melhorar a vida, de músicas que eu ainda vou cantar e de algumas que vão dizer mais do que eu gostaria de ouvir; o de sempre.
Quem sabe, dessa vez, eu pare de negar a personalidade que eu deixo escondida no meu porão e resolva que posso parar de adaptá-la ao que é mais simples. Eu não sou simples, e ponto. Digo que ando numa corda bamba que insiste em continuar instável, mas dessa vez eu vou descer dela - para entrar numa montanha russa, quem sabe; mas eu quero. A música pode ser a minha ou a tua: eu vou dançar de qualquer jeito.
Encerro sem o balanço do ano passado. E espero ficar sem o balanço da corda. Eu vou fechar os olhos e sentir o frio na barriga. Deixar a música vibrar o meu corpo por dentro. Sentir de fato.