segunda-feira, fevereiro 11

De tempos ausentes

Aquele momento em que pés e mãos já não sabem mais quem anda e quem abraça. Como se cada parte do corpo esquecesse seu propósito, seu trabalho; aquele momento em que nada é nada mesmo e não há problema nenhum nisso. Quando um machucado dolorido é encontrado curado, sem que o processo tenha se quer sido notado.

Aquele momento que as coisas acham o seu lugar, finalmente.

Quando nenhum dos órgãos mais importantes parecem ter dúvida sobre dar espaço para o coração bater. Quando o corpo inteiro entende que já é hora dos músculos relaxarem, que já é hora dos olhos enxergarem de novo. Aquele momento em que o próprio coração perde o medo e resolve que quer voltar de verdade.

Aquele momento em que as coisas parecem achar o seu lugar. Finalmente.



Aquele é o momento.
E esse momento há tempos não vive na vida dele.


O que é meio triste, se você parar para pensar.


0 pessoa(s) disse(ram) que: