sábado, dezembro 15

Me dobra a vida

Eu sei que eu posso ir pra onde a estrada faz a curva e me perder nas avenidas daquela cidade que eu fiz em um desses sonhos loucos de quinta. De quintas-feiras cansadas e ansiosas me vieram desejos e intenções segundas; e segundo o meu mapa, me faltaram certezas e um quarto de sorriso.

Do meu quarto eu vejo a estrada fazendo a curva.

A estrada que encurva meus décimos de receio, até que chegam as 10 horas e me dizem que meu trem está partindo em meia. Em meio a sonhos meio incertos, junto os quartos, os quintos e os décimos de segundo que me sobram para um último suspiro. E eu suspiro um suspiro inteiro, enchendo o peito de frações de futuro.

Eu faço a curva.

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