sábado, julho 19

eu

Bom, talvez eu não seja tão forte quanto eu pensava que era. E talvez eu não seja realmente quem todos acharam que eu era.
Atrás da aparente muralha que me cerca, existe um coração. Que sente de verdade. Não é uma pedra, como muitos já acharam que era. A esses, de repente, eu deva desculpas. Mas isso é papo pra uma outra hora...
Pode até ser que meu mundinho esteja desabando na minha cabeça e que minhas certezas não estejam mais tão certas assim, mas os meus valores permanecem inalterados, e por cima deles ninguém passa.
Eu não tenho as respostas pra tudo. Aliás, eu tenho respostas pra quase nada. Eu tenho medo de ver as pessoas que eu amo indo por caminhos duvidosos, e não poder puxá-las de volta.
Eu já quis parar o tempo. Eu tentei esquecer o mundo. Esquecer uns e outros... Mas eu percebi que nem tudo é como eu queira que fosse e parei de perder tempo com coisas que não me levariam a lugar nenhum...
Eu quis ser criança de novo pra poder querer ser gente grande e imaginar que isso seria o máximo.
Eu já quis começar tudo de novo. Nascer de novo, crescer de novo, aprender a pensar e formar minha personalidade de novo... mas isso ia dar muito trabalho, então aprendi a me contentar com o que sou. Particularmente, eu gosto de ser do jeito que eu sou. Mas as vezes isso gera um certo desconforto nos outros. Eu não gosto de aparecer. Faço pra provar a mim mesma que eu posso, não pra jogar na cara dos outros.
Parece que eu acabei me descobrindo, mas ainda sim, não sei direito quem eu sou... Aparentemente uma guria de estatura média, um pouco acima do peso desejado, de cabelos cacheados (e um pouco rebeldes, diga-se de passagem). Por dentro, uma guria chorona, frágil, medrosa, que criou um revestimento de coragem e força, na marra.

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